*Amanda Lelis
Durante a Segunda Guerra Mundial, uma jovem judia chamada Anne Frank,
decidiu escrever em seu diário o dia-a-dia de sua família e outras
quatro pessoas judias dentro de um esconderijo. Anne tentava se
comunicar com o mundo através de suas palavras e sentimentos expressos
nas mesmas. Cada texto escrito era claro e rico em detalhes, nos
transportando para dentro do esconderijo. Infelizmente, eles foram
descobertos e todos foram levados para vários campos de concentração.
O pai de Anne, Otto, foi o único que sobreviveu, e em 1947 decidiu
publicar seu diário, assim como ela desejava em vida.
Muitos anos se passaram desde o ocorrido com Anne Frank, e desde a
publicação de seu diário. Durante estes anos, muitas “Annes” surgiram
no mundo. Elas foram evoluindo, e hoje estão espalhadas pelas redes
sociais, no mundo virtual. São crianças, jovens e adultas, relatando
suas experiências, opiniões e falando de assuntos diversos do seu
cotidiano. Toda essa tecnologia, de diários virtuais, permite que
muitas dessas garotas se mantenham no anonimato, deixando à mostra
apenas suas palavras e formas de expressar.
presente. Não é apenas a tecnologia, a mudança da escrita no papel
para um computador. Nos dias atuais, algumas garotas se perdem em
textos simples, fúteis e vazios. Não há riqueza em seu conteúdo, e o
que nos prende a eles é a curiosidade de saber o que aquela página da
internet, toda enfeitada e cheia de fotografias, nos tem para contar.
que sentia, pensava, ela escrevia textos que nos faziam imaginar tudo,
nos mínimos detalhes, sem falar na riqueza de seu vocabulário.
A falta da leitura nos leva a ser indivíduos sem cultura, sabedoria e
inteligência. As “Annes” de hoje preferem ficar horas em frente ao
computador, do que ler bons livros. Que o Diário de Anne sirva de
exemplo e referência, e que não seja apenas um texto banal como vários
outros de hoje em dia.
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