segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A alegria já não existe mais

*Rodrigo Rocha

Pra que as bandeiras, camisas e alegria? A certeza de um grande campeonato quase não existe mais. Se existe ela está em saber de que o futuro não é tão emocionante como o passado. O que, muitas vezes percebemos hoje no futebol é que o mundo dá voltas e o dinheiro compra quase tudo.

Quem teve a sorte de ver jogadores como Zito, Didi, Dida, Coutinho, Zagalo, Carlos Alberto Torres, Ademir da Guia, Falcão, Milton Santos, Rivelino, Gerson, Zico Garrincha e Pelé e muito outros que fizeram a alegria com emoção do melhor futebol jogado e assistido no mundo inteiro não acredita no que tem acontecido com o futebol.

Tempo bom era aquele em que vibrar com o time do coração significava pura paixão e os milionários salários, patrocínios cabiam apenas a artistas de TV e cinema. 

Hoje a paixão por parte do torcedor continua, mas já não existe mais aquele entusiasmo em ver a seleção brasileira jogar. Ao contrario dos anos de glória do nosso futebol, a realidade é que ele mudou pra bem pior. O Brasil começa a conhecer a globalização, o atleta joga de forma sem graça, sem inspiração, sem letra, balão ou qualquer tipo de genialidade. O país importou aquele futebol medíocre a que o povo não gosta de assistir. Aplica aquele jogo frio e sem calor humano que vem lá da Europa.

Em plena semana de partida entre Brasil e Argentina vários e vários brasileiros reclamam de não ter rodada do campeonato brasileiro e de ter como única opção ver a seleção jogar. O que fica na memoria do povo é que as luzes se apagaram, e o espetáculo com que todos sonham só existe na memoria de um povo que é extremamente apaixonado por futebol.    

Que o futuro seja tão promissor quanto o passado e “os filhos desse solo és mãe gentil” sejam Ronaldos, Romários, Neymares com a genialidade dos craques que honravam a camisa amarela, e davam prazer a cada minuto assistido, de um futebol glorioso.


Louco?

*Norton J. Oliveira (inspirado no artigo escrito por Rosemeire Zago)
 
Muitas pessoas em pleno século XXI têm preconceito misturado com ignorância sobre quem faz psicoterapia. Ao pensar assim, a pessoa deixa de se ajudar e de se conhecer melhor.
           
O psicólogo pode lhe ajudar a olhar melhor para dentro de si mesmo, e ver quem você é de verdade. Quando as pessoas estão passando por algum momento difícil, tendem a desabafar com um amigo próximo, ou procuram alguma cartomante, ou simplesmente ouvem música e se divertem com outras coisas para esquecer os problemas, mas não é tão fácil se livrar deles. Nos primeiros momentos pode ser aliviador, mas no fundo todos os seus conflitos internos estão lá, esperando que você dê uma chance e volte novamente a ficar inseguro e triste.
        
A Psicologia, com suas técnicas científicas, pode realmente ajudar as pessoas a viverem melhor, pois o objetivo maior é o autoconhecimento. Quando você procura um profissional ele não está lá para lhe dar conselhos ou julgar se você está certo ou se está errado, o objetivo é lhe ajudar a chegar, na verdade, em quem você realmente é.
        
Participar deste processo ainda é considerado "coisa de louco" quando, na realidade, a alienação de si mesmo é que se torna um dos grandes geradores de conflitos. Lembre-se que procurar ajuda terapêutica é um sinal de coragem e maturidade. Não de fraqueza, como muitos acreditam.Seus sentimentos serão respeitados e você se encontrara seguro para compartilhá-los sem qualquer culpa.   
       
Dessa forma você poderá se dá conta de que está se ajudando e não sendo "louco". Se há uma barreira na vida e você não tem estrutura para lidar com ela, levante a cabeça e se permita procurar ajuda profissional, resgate sua autoconfiança e seu amor próprio.



quarta-feira, 21 de setembro de 2011

"A beleza está nos olhos de quem vê"

*Camila Macedo

Já sabemos que o excesso de peso é prejudicial à saúde, que causa problemas cardíacos, diabetes, aumenta o risco de tumores, dificulta a locomoção... Mas esteticamente, o que é relevante?

Estar à cima do peso pode ser um pesadelo para muitos. É comum vermos gordinhos neuróticos atrás de dietas milagrosas, remédios, academia, cirurgias. A busca pelo corpo perfeito é uma obsessão e essas pessoas começam a se isolar por se acharem estranhas.

A valorização da magreza está incutida nas mentes humanas e, muitas vezes, é associada à saúde. Mera ilusão! Ao contrário do que muitos pensam a magreza pode indicar problemas cardíacos. Nesse caso, a gordura que não se expressa externamente está embutida em veias e artérias. Então, você que está fisicamente em forma deve ficar atento. Magreza não é sinônimo de saúde, muito menos de bem estar.

O gordinho pode até ficar incomodado com sua barriga saliente, no entanto, a gente agradece. Abraçar um monte de carne compactada e modelada, que chamamos de músculos, não tem um pingo de graça. Mas, ao contrário do que parece, não condeno os sarados. Na verdade, a “casca” não é relevante, é somente um complemento.

Cada louco com sua preferência. Tenho um gosto diferente, mas não é estranho, somente exótico. E o melhor de tudo, posso ser assim, e é ótimo quando se aprende a gostar de si mesma.


Carta a “alguém” que não sabe o que é amar

*Amanda Lelis

Um dia você estará sozinha, vai fechar os olhos e tudo estará negro. Os números da sua agenda passarão claramente na sua frente e você não terá nenhum para discar. Sua boca vai tentar chamar alguém, mas não haverá alguém solidário o bastante para sair correndo e te dar um abraço, nem te colocar no colo ou acariciar seus cabelos até que o mundo pare de girar. Nessa fração de segundos, quando seus pés se perderem do chão, vai se lembrar da minha ternura e do meu sorriso infantil. Virão súbitas memórias gostosas dos meus abraços e beijos, da minha preocupação com você, mas só terão algumas músicas repetindo no seu rádio: as nossas.


Em um novo momento você vai sentir um aperto no peito, uma pausa na respiração e vai torcer para ter o nosso mundinho delicioso de novo. O nome disso é saudade, aquilo que eu tinha tanto e te falava sempre.
E quando você finalmente discar meu número, ele estará ocupado demais, ou nem será mais o mesmo, ou até eu nem queira mais te atender. E se você bater na minha porta ela estará trancada, e se aberta, mostrará uma casa vazia.



Seus olhos te ensinarão o que são lágrimas, aquelas que eu te disse que ardiam tanto. O nome do enjôo que você vai sentir é arrependimento, e a falta de fome que virá chama-se tristeza. Então, quando os dias passarem e eu não te ligar, quando nada de bom lhe acontecer e ninguém te olhar com meus olhos encantados, você encontrará a famosa solidão. A partir daí o que acontecerá, chama-se surpresa, e provavelmente o remédio para todas essas sensações, é o tal tempo em que você tanto falava.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Por que em Ubá sobram vagas nas indústrias de móveis?

*Wagner Arantes

      

No ultimo dia 31/07 participei de um encontro realizado pelo INTERSIND (Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Marcenaria de Ubá), que contou que presença de vários profissionais da área de recursos humanos, onde foi tratada justamente esta questão: como explicar o fato das vagas disponíveis em Ubá e região não serem preenchidas? Ubá fica no interior de Minas Gerais, localizada perto das grandes capitais da região sudeste, sendo considerado o maior polo moveleiro de Minas Gerais e o quarto do país.

Aqui você só fica desempregado se esperar em casa o emprego cair do céu. Se sair para procurar ou pensar em trabalho na área moveleira consegue no mesmo dia. Então, como explicar as vagas ociosas nas indústrias da região? Agências de empregos, profissionais da área de recursos humanos anunciam as referidas vagas, pelos vários meios de comunicação e nada.

Uma alternativa tem sido buscar mão de obra barata e não qualificada nas cidades da região, onde a economia gira em torno dos trabalhadores rurais. Empresas disponibilizam ônibus, oferecem benefícios, para quem queira e esteja disponível para o trabalho. Com a chegada destes trabalhadores, começaram a aparecer problemas sociais, inflacionando o mercado imobiliário, consumo de drogas, roubos, já que grande parte não tem estrutura ou apoio aqui em Ubá. Eles vêm com apenas roupa do corpo e passam a morar nas periferias, nos morros em torno das fábricas.

Devido à grande demanda abriu-se espaço, para as mulheres, que cada vez mais passam a fazer parte do mercado de trabalho, antes dominado somente pelos homens, na década de 80. As mulheres de fato não têm força bruta necessária para realizar certas tarefas, mas possuem habilidades que faltam aos homens, são mais detalhistas, caprichosas no item acabamento, aumentando assim, qualidade e valorizando ainda mais os produtos, já que as indústrias de móveis de Ubá e região investem alto em máquinas modernas. O mercado precisava deste profissional e mulheres chegam na hora certa.

Mesmo após várias atitudes e iniciativas, ainda sobram muitas vagas nas indústrias de Ubá. O que fazer? Culpa de quem? Qual a solução? Melhores salários? Mais investimentos na área social? Falta mão de obra especializada?

Esta questão está longe de um final feliz, por vários outros aspectos já citados acima. Em recente pesquisa realizada por profissionais do Intersind, revela que mais de 70% da mão de obra não concluiu o primeiro grau, os jovens são maioria. O resultado aponta outro detalhe que é qualificação de ambas as partes. Começa pelo candidato ao primeiro emprego, o futuro candidato à vaga, o profissional que está inserido e experiente no chão de fábrica, como também do empresário em geral. Fato este que complica e agrava ainda mais esta questão.

Os empresários de Ubá e região vêm investindo nas questões como meio ambiente e nas questões sociais, em treinamento mão de obra mais qualificada e especializada.

Um fato que chama a atenção é que grande parte dos empresários veio do chão de fábrica. Nesta época onde todos se conheciam, não havia distância entre empregados patrões, trabalhavam lado a lado, era relação de família, amizade, respeito, bebiam juntos nos bares próximos às fabricas. No final de um dia cansativo, sentiam-se bem em trabalhar naquele ambiente, em vestir a camisa da empresa.

Mas a realidade mostra que o perfil dos novos colaboradores vem mudando bastante, quem pagar leva. Nas entrevistas de emprego, logo querem saber detalhes salariais, se trabalha ao sábado, banco de horas, sabem da facilidade de arrumar outro, relatam episódios vividos por amigos, familiares, a respeito desta questão. Encontrar uma solução será uma bela dor de cabeça para os profissionais da área de recursos humanos, que vêm debatendo exaustivamente uma forma de solucionar. Contrata-se mal? Falta profissional? Falta mão de obra qualificada? Salários baixos? Falta especialista?

Prometo tentar escrever outro texto com um final feliz.


Tô de brincadeira!

*Camila Farinati
Algumas modinhas que vejo por aí me tiram do sério. Nem estou falando de modinhas do tipo: amar Crepúsculo, ou talvez a batata recheada de um restaurante da Praça São Januário, da banda Restart ou do Fiuk. Nem mesmo do estilo musical Sertanejo Universitário. Aliás, vi no facebook uma frase e concordei: dêem um jeito de esses "universitários" se formarem logo.

Estou me referindo a essa modinha de um grupo de pessoas que adora odiar aquilo que está na moda ou que a mídia "diz" que está.

O menininho que gosta de Justin Bieber não pode ficar no canto dele, com seu MP35, que possui Bluetooth, Redtooth, pinktooth, (quase os Power Ranger) porque se fizer isso será considerado aloprado por quem não gosta.

Na minha época de adolescente, a gente era aloprado de punk porque curtia ouvir nem que fosse a Avril Lavigne. E olha que eu achava essa menina um lixo desde os primórdios da minha adolescência em meados de 2003.

No Brasil tudo é moda. Já ouvi muitos dizerem que agora a moda é ser homossexual. E há também os que odeiam aqueles que têm essa opção sexual. O pior é que observamos muitos grupos saírem por aí dando pancada em todos com lâmpadas e vidro em homossexuais.

E se amanhã a moda for brincar de pogobol com mendigos, ou pular corda com velinhas paraplégicas, vocês vão odiar essa pessoas também? Você pode dizer que não, mas de certa forma, faz parte do mundo das modinhas. Mesmo que você se trancafiasse e se escondesse do mundo estaria aderindo a uma moda.

Depois que algumas celebridades ou até formadores de opinião, políticos passaram a publicar sua opinião, muitos começaram a imitar essas tais “grandes” pessoas. Na internet então, isso é muito comum. Concordamos e republicamos a opinião dos outros como se fossem nossas também. Outra modinha. Vai odiar isso também?

Espera aí, tô de brincadeira!


Brasileiros e brasileiras

*Araceli Matos

Este é o país dos desonestos, corruptos e ladrões. E não pensem que é exagero, pois aqui eles já nascem sabendo como enrolar as pessoas.

Tem político que desvia verba da saúde para as suas contas secretas, há cidadãos que começam a trabalhar e não assinam a carteira para continuar no seguro desemprego, e pessoas que contratam médicos para forjar invalidez e antecipar a aposentadoria, e também os que enganam a Receita Federal, e como enganam! Tem ministro que desperdiça toneladas de feijão para encobrir seus podres e deixa milhares passando fome. Há políticos que colocam toda a família para trabalhar em órgãos públicos.

Aqui todos querem se dar bem, e, se para isso tiver que prejudicar alguém, que mal tem? Aqui malandro que é malandro dá a volta por cima quando é pego roubando. Malandro que é malandro dá um jeitinho pra tudo. Anda em cima do muro, acorda e vai surfar na praia de Copacabana antes de ir trabalhar. Malandro que é malandro fura fila de banco, para em cima da faixa de pedestre, arruma muitos filhos para receber bolsa família. “Mata a mãe” pra receber o seguro de vida.

Para conseguir viver aqui tem que ser malandro, caso contrário, será vítima de um.

O novo bam bam bam

*Maycon Henrique

Facebook é o nome dele. Atualmente ele vem conquistando cada vez mais ”amigos” no mundo todo. No período de um ano, o Facebook já conquistou mais de 6 milhões de adeptos somente no Brasil. E está cada vez mais popular.


Confesso que não resisti aos seus encantos e acabei me tornando mais um “número” na sua “lista de contatos”. Sempre que possível me pego “conversando” com ele e ele me conta tudo. Tudo mesmo! Quando percebi, estava contando tudo da minha vida pra ele. Depois de algum tempo, nos tornamos amigos inseparáveis.
O Face (como eu o costumo chamar ), vive me relatando tudo da vida dos seus outros “amigos”. Com o passar do tempo, constatei: o Face é um fofoqueiro!

Meu amigo está sempre atualizado. Vive no presente. Sempre tem uma novidade para me contar. Isso me fascina, mas eu ando me cansando dele. Meus outros amigos estão sempre sabendo de tudo da minha vida. Tudo através do Face. Estou perdendo o controle. Resolvi que vou selecionar minhas informações e contar só o básico. Minha vida pertence somente a mim. Não quero mais “publicar”!

Hoje, eu estou mais perto dos meus amigos “reais”. Estava com saudades de olhar nos olhos. Saudade de guardar aquele segredo e comemorar comigo mesmo mais uma vitória. E até mesmo chorar em silêncio aquele fracasso. Assumo que não abandonei completamente o Facebook, porém, agora tenho outras prioridades.

Para que serve a lei de som automotivo?


Rodrigo Rocha- 4º período Jornalismo - Fagoc

A poluição sonora que atinge nossa cidade vem cada vez mais incomodando a população ubaense. Ciente desta situação, a Câmara de Vereadores criou a lei N.º 3.152, de 14 de junho de 2002, que já previa normas para o funcionamento de serviços de propaganda volante e dá outras providências. Essa regulamentação prognosticava diminuir esse incômodo para os ouvidos dos ubaenses e ainda regulamentar os meios de divulgação sonora para que os mesmos não causem perturbação.
O tempo passou, os estilos de propagandas variaram, e a potência do som de carros automotivos está cada dia mais alto. Foi criada então uma nova lei Nº. 3.744, de 7 de abril de 2009 que dispõe sobre a proibição de propaganda sonora em vias públicas, e contém outras disposições. As proibições mais rígidas dessa lei acabariam com os excessos da poluição sonora que já deveriam ter acabado em 2002.   
Os autônomos que trabalham nessa área regulamentaram seus veículos para continuarem atuando no mercado. Das penas previstas para o descumprimento da lei cabem, multas, apreensões de veículos e até mesmo cassação do alvará de funcionamento.
Tudo em prol da diminuição da poluição sonora, que atinge intensamente a cidade. Logo após a publicação da lei, os órgãos responsáveis pela fiscalização entraram em ação coibindo todos que estavam em desacordo com a mesma, mas a fiscalização durou por pouco tempo. 
Incluso na lei 3.152 vem a regulamentação do nível de decibéis permitido para o som em qualquer tipo de veículo. O limite máximo de decibéis (DB) por metro (m) 104(DB) 0,5(m), 98(DB) 1(m), 92(DB) 2(m), 86(DB) 3,5(m), 80(DB) 7(m), 77(DB) 10(m), 74(DB) 14(m).       
Cada lei criada e não fiscalizada, demonstra a incapacidade dos órgãos de regulamentação para fazê-las valer e serem cumpridas. O que a população ubaense realmente assiste todos os dias são vários carros abarrotados de som desfilando pelas ruas sem qualquer tipo de fiscalização. Até quando seremos incomodados em nossos domicílios, nas ruas e estabelecimentos comerciais com essa poluição sonora incontrolável. Por que há dois pesos e duas medidas? Pessoas deixaram de trabalhar, pois a fiscalização para quem trabalha é maior do que pra quem incomoda a sociedade tocando músicas indesejadas e até mesmo proibidas.

O pop é "pop"

Diogo Andrade 
4º período de Jornalismo - FAGOC


O Pop pode ser entendido como um gênero musical que não possui ritmo específico, onde há um sistema de interação com o público juvenil, envolvendo espetáculos no palco e grandes produções. É apreciado em todo o mundo, porém, as grandes lendas do estilo são americanas.
Michael Jackson e Madonna, a realeza. Seus nomes soam tão fortes quanto as suas músicas e o seu talento. Eles fizeram tanto sucesso a partir dos anos 80 que foram coroados Rei e Rainha, respectivamente. Na época, sem internet, sem Youtube, não havia toda essa interatividade e agilidade que a tecnologia de ponta proporciona. A mensagem das músicas soava mais pura, representando uma idéia e não de apenas entretenimento.
Olhando o cenário da música Pop atual tem-se a impressão de que tudo não passa unicamente de comércio. A rede abriu um mercado inimaginável que permite rápido acesso, gravações, produções e divulgação em massa em apenas um clique. A liberdade é usada de modo apelativo, não sendo possível filtrar o que publicam.
A música de agora funciona como um produto. Com as redes sociais ficou possível estudar, interagir de forma direta para conhecer cada vez mais o público alvo, suas necessidades, tristezas e sonhos. O grande desafio é tentar seduzir esses jovens, com músicas que falem de seu cotidiano, versos repetidos, com pouco conteúdo.
Lady Gaga é um monstro da internet, um produto americano, diga-se de passagem brilhantemente fabricado. Segundo um estudo desenvolvido pela empresa MITI Inteligência, Gaga é um fenômeno do pop. Ela aparece de forma bastante inteligente através de sua equipe denominada Haus of Gaga, que é responsável por todo o universo que envolve a imagem da cantora, desde seus figurinos excêntricos a clipes polêmicos e perfis nas redes sociais. Um dos fatores que magnetizam mídia à cantora, e que é trabalhado por essa equipe, é a sua postura altamente polêmica em relação à indústria da moda, discussões sobre a homossexualidade, papel da mulher na sociedade, movimentos artísticos que influenciam seus clipes, e é claro, música. Diariamente são publicadas várias notícias sobre a artista, de modo que ela sempre está em pauta na agenda mundial. Outro aspecto é a comunicação com diferentes públicos, em que há a necessidade de interagir e se posicionar em assuntos que todos comentam, e assim atrair mais e mais pessoas.
Num mundo tão corrido, onde as notícias de ontem já não interessam mais, parece que as músicas seguem no mesmo caminho, servindo apenas como hits momentâneos que são descartados facilmente, e com a agilidade de produção, mais músicas surgem para preencherem a lacuna e assim está formado o ciclo superficial em que estão mergulhadas.
É lógico que isso não significa que acabou a música de qualidade. Há artistas que ainda se preocupam mais em expressar do que impressionar, como Adele, Mariah Carey, Whitney Houston, Beyoncé, entre outras que resgatam um pouco do que foi perdido há tanto tempo, no sentido de qualidade de produção, e que não usam a mídia de forma tão apelativa. Existem muitas premiações da música, mas o Grammy Award se destaca, sendo o mais prestigiado prêmio da indústria musical internacional, considerado a versão do Oscar da música, se assim pode-se dizer.
Cada vez mais os artistas se entregam ao pop eletrônico, ritmo que mais vende. Tocado nas baladas, traz mensagens de apologia a bebidas, drogas e cigarro. Com refrão “chiclete”, as músicas ficam impregnadas na mente do ouvinte, que por escutar várias vezes na rádio acaba assimilando, conhecendo a letra e gostando por pura falta de opção. Ele é indiretamente forçado a interagir, pura propaganda. É aquela antiga história, uma mentira contada mil vezes acaba se tornando verdade, de tanto estar exposto ele acaba se acostumando a ouvir aquilo.
Música é para ser sentida, e quando é boa sobrevive por gerações. Existe uma crise muito forte, proveniente do novo sistema. O futuro é incerto. Talvez as pessoas estejam apenas desfrutando dos novos benefícios, mas mesmo assim, a qualidade e a arte ainda não são acessíveis a todos. No meio disso tudo fica uma grande pergunta: será que no futuro as pessoas poderão olhar para traz e ter do que se orgulhar? Quem serão os sucessores do trono de Michael Jackson e Madonna?

Apresentando os nossos blogueiros

Ser o intérprete da realidade, informar, entreter e opinar sobre o mundo em que vivemos. Essas são algumas das funções dos jornalistas. Ao trocarmos informações com os futuros profissionais de comunicação em sala de aula, temos a oportunidade de aprender bastante.

Vocês nos passam sede de aprender, entusiasmo, garantia de que o mundo pode ter uma saída com o acesso à informação e a busca pelo constante aprendizado.

Espero que a criação deste blog seja apenas o começo para a revelação de ideias maravilhosas que possam surgir. Soltem a imaginação. Mostrem ao mundo o que vocês pensam e do que são capazes. Queremos ver aqui discussões sobre temas atuais, pontos de vista e tudo que possa contribuir para a comunicação de uma forma em geral.


 Divirtam-se porque escrever é mágico!

Abraços
Taís Alves - professora de Redação em Jornalismo Fagoc