terça-feira, 4 de outubro de 2011

“Caro é gastar dinheiro com remédio”

*Rodrigo Rocha

Esse pensamento é um dos mais verdadeiros da humanidade, nada como desfrutar dos ganhos com alimentos, roupas e lazer. Só que a realidade dos brasileiros vem, dia após dia, mudando. O que os brasileiros ganham já não dá mais para pagar nem as necessidades básicas. As taxas dos impostos vêm crescendo junto com os juros para quem usa financiamento ou parcelamento nas compras.

Aí vem aquela velha pergunta que todo brasileiro se faz quase todos os dias: para que tanto imposto? Para onde vai esse dinheiro? Todo esse dinheiro vai para um destino que pouca gente sabe, inclusive eu. Grande parte vai para pagar os salários dos ilustríssimos senadores da Republica, homens de muito respeito e moral, que contribuem cada dia mais para o desenvolvimento dos seus patrimônios particulares. Alguns deles é claro! Não dá para generalizar.  Temos também que lembrar de alguns deputados que se lembram muito da população na hora de pedir voto e pensar no seu simbólico salário. Enquanto o povo tem memória curta, as contas estão cada vez maiores.

Reclamações de todos os dias sempre persistem, entra ano sai ano e pra quem trabalha, aumentam os gastos com habitação, transporte e alimentação. O Brasil é um país rico, mas que tem seus lucros nas mãos de poucas pessoas. Muita gente passa fome, e tem imensa dificuldade em conseguir o próprio sustento. Projetos como bolsa família, bolsa gás e outros salvaram a pele de muitos brasileiros que não tinham onde buscar recursos. Mas, por outro lado, quem paga esses projetos são trabalhadores que mal conseguem se sustentar. O lado negativo dessas bolsas é que ainda existem homens que querem vida fácil em cima de quem luta no dia-a-dia por uma vida justa.

Como um país que tem tanta desigualdade social pensa em sediar copa do mundo e olimpíadas? Por que não se investe mais em educação na formação e construção de professores e escolas? Será que um povo mais inteligente pensaria mais? Será que haveria uma reforma política, deixando os antigos coronéis de fora das vagas administradas por eles há anos ou até décadas?

O certo é que o brasileiro é alegre e batalhador. É um povo que sonha em ser um país mais digno, com a renda dividida para todas as classes sociais. Que a dignidade volte a habitar a casa de quem trabalha e faz nosso país crescer. Que a educação posso preencher a lacuna dos números, e, ao invés de estatísticas, haja uma educação de qualidade.  E no somatório geral que o brasileiro possa trabalhar e consumir com alegria e satisfação seus ganhos e com isso fazer voltar a aplicar o ditado: “caro é gastar dinheiro com remédio”.

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